Entenda o Freio de Ouro.


O primeiro esboço do que hoje é o Freio de Ouro ocorreu no ano de 1977 na 1ª Exposição Funcional de Jaguarão-RS, uma mostra modesta, mais ou menos improvisada, com um número reduzido de participantes, mas um grande sucesso. Naquele momento, os criadores de cavalos crioulos verificaram que o desenvolvimento da raça passava pela promoção de provas funcionais. Até então, demonstrações desse tipo não faziam parte do calendário oficial da raça, existindo apenas julgamentos morfológicos.
Em 1980, a 3ªFuncional conseguiu atrair a atenção do país inteiro, sendo visitada pelo então presidente da República, general João Batista Figueiredo, um aficionado por cavalos. No ano do cinqüentenário da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), 1982, o então presidente da entidade, Gilberto Azambuja Centeno, oficializou a prova campeira que seria realizada durante a Expointer.
O Freio de Ouro foi inspirado nas exposições funcionais de Jaguarão, que passou a ser uma etapa classificatória tal como Pelotas e Bagé. No ano seguinte, Uruguaiana também integrou essa lista. A partir daí, firmava-se o Freio de Ouro, como o grande acontecimento da maior raça de eqüinos do Rio Grande do Sul.
Em 1983, a prova do Freio de Ouro foi batizada com o nome de Roberto Bastos Tellechea, uma homenagem póstuma a esse incentivador da raça crioula. Em 1990, houve outra grande perda com o falecimento do veterinário Flávio Bastos Tellechea.
Em reconhecimento, a prova Freio de Ouro levou o nome dos dois irmãos "Flavio e Roberto Bastos Tellechea".
Desde o início até hoje, ocorreram mudanças devido ao crescimento dos adeptos da raça. O que antes eram somente quatro etapas classificatórias e uma final transformou-se em mais de530 etapas credenciadoras, 10 classificatórias no Rio Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e uma internacional no Uruguai, além da grande final em Esteio. Outra mudança foi a divisão em categorias de machos e fêmeas a partir de 1994.
O Freio de Ouro é dividido entre Morfologia e Função. As provas funcionais são: Figura, Andadura, Volta Sobre Patas e Esbarrada, Mangueira e Paleteada.

(texto retirado do site da abccc)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Tem início a 12ª Marcha de Integração em Santo Antônio da Patrulha



Prova tem como sede a cabanha Manto Azul, em Santo Antônio da Patrulha. Fotos Fagner Almeida

Os primeiros metros de um total de 750 quilômetros que serão cumpridos nos 15 dias da 12ª edição da Marcha de Integração da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) foram percorridos a trote, com tranquilidade, pelos 40 conjuntos que largaram na manhã de 21 de julho, na etapa de abertura da prova. A tradicional seletiva de resistência do cavalo Crioulo tem, este ano, número recorde de participantes e premiará o vencedor com um carro zero quilômetro.
Assim como em 2012, a Marcha está sendo realizada na cabanha Manto Azul, em Santo Antônio da Patrulha/RS, local com estrutura adaptada às necessidades e exigências da prova. Para esta edição, inclusive, os piquetes foram otimizados e a qualidade da pastagem e dos alojamentos reconhecidas e muito elogiadas pelos marcheiros.
Depois de um mês de concentração, na qual os animais são submetidos às mesmas condições alimentares, a largada foi o momento de avaliar o estado da manada e partir para o primeiro teste. O encerramento, com a realização da última etapa livre, está agendado para o dia 4 de agosto. Um dia antes, o público da prova poderá também assistir uma apresentação do músico tradicionalista gaúcho Luis Carlos Borges.
De acordo com o comissário da Marcha, Rodrigo Dias Michelon, a concentração deixou os cavalos em uma condição muito boa e atestou a qualidade da pastagem do local. “Nós tivemos uma média de ganho de 35 quilos por animal nesses 30 dias sendo que um deles ganhou 69 quilos”, destacou o veterinário.
Antes da largada, o presidente da ABCCC, Mauro Ferreira, saudou os marcheiros destacando que este é um ciclo importante para a modalidade. O diretor salientou o número recorde de participantes em toda a temporada e agradeceu à acolhida da cabanha Manto Azul. Ferreira recordou ainda que o atual momento da Marcha de Integração é resultado de um trabalho iniciado pelo ex-presidente Manuel Luis Sarmento, presente na ocasião, que segue sendo desenvolvido na intenção de dar maior fomento à seletiva.

Expectativa entre competidores

Com a experiência de quem já percorreu 1,8 mil quilômetros entre Uruguaiana, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, até Itú, no interior de São Paulo, o conjunto formado por Renata Zucchetti e o cavalo inteiro Sorrito Paulista estão entre os candidatos ao prêmio. Para a ginete catarinense, entretanto, a Marcha de Resistência é um desafio diferente do Raid.
“Será uma experiência nova. Apesar de já conhecer o Sorrito, aqui vai ser diferente porque não podemos complementar a alimentação, não podemos passar nada nos cascos”, comentou Renata, a única mulher entre os marcheiros. O conjunto, que no Raid realizado entre outubro e dezembro de 2012 percorreu uma média de 57 quilômetros por dia, fez agora mais dois meses de preparação. “O cavalo está muito bem, se portou bem na concentração e esperamos que se mantenha assim durante a prova”, diz.
Outro competidor de destaque é a égua Pampeana do Retiro do Ouro, conduzida por Afonso Patron. Pampeana é o único concorrente que, ao cumprir todas as etapas da Marcha, poderá se tornar o primeiro animal Tríplice Coroado da raça Crioula. Depois de ser premiada com o 4º lugar no Freio de Ouro e a escarapela de Reservada Campeã Égua Menor no julgamento da Expointer, o animal busca na Marcha a unificação das seleções e o título inédito.
“Ela estava com um potrilho ao pé até março e teve pouco tempo para se preparar. Mas é uma égua muito forte, tem o sangue do Nobre que é um animal de muita resistência, e acredito que vai chegar bem às últimas etapas. Mesmo já tendo um currículo invejável, queremos que ela conquiste mais este título que nos permitirá tirar dois embriões dela”, afirmou o seu proprietário, Rodrigo Fialho.

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